A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) desempenha um papel crucial na mediação de conflitos entre operadoras de saúde e beneficiários. Um dos principais instrumentos utilizados para essa mediação é a NIP, que oferece uma oportunidade para que as operadoras resolvam possíveis conflitos de forma administrativa e consensual.
O que é a NIP na ANS?
A NIP, sigla para Notificação de Intermediação Preliminar, foi criada pela ANS para facilitar a resolução de atritos entre beneficiários de planos de saúde e as operadoras que os oferecem, incluindo administradoras de benefícios. O termo “preliminar” indica que as partes têm a chance de resolver a questão de forma consensual antes que um processo administrativo formal seja iniciado.
Esse mecanismo permite que a ANS não apenas regule o setor, mas também monitore a relação entre operadoras e clientes.
Como Funciona a NIP?
Quando uma reclamação é registrada, a ANS gera automaticamente uma NIP e notifica a operadora de saúde, que deve responder em até 10 dias úteis pelo portal da agência. Após a resposta, o consumidor tem mais 10 dias úteis para se manifestar.
O que Acontece Após a NIP?
A ANS acompanha a situação para verificar se o problema foi resolvido dentro do prazo estipulado. Se o reclamante confirmar a solução ou não responder, a NIP é considerada inativa. No entanto, a NIP é classificada como não resolvida se a operadora não responder, se houver indícios de infração ou se o beneficiário afirmar que a questão persiste. Nesses casos, a reclamação é convertida em um processo administrativo, onde um fiscal da ANS analisará as informações de ambas as partes.
Tipos de NIPs
A ANS categoriza as NIPs em duas modalidades:
NIP Assistencial: Relacionada a questões de cobertura assistencial, como problemas no cumprimento do rol de procedimentos e carências.
NIP Não Assistencial: Envolve questões que não estão diretamente ligadas à cobertura assistencial, como reclamações sobre contratos, mensalidades e reajustes.
Quando Utilizar uma NIP?
A NIP é uma ferramenta valiosa quando não há acordo entre beneficiários e operadoras de saúde. Se as partes conseguem resolver a situação de forma amigável, a NIP não é necessária. Por isso, é fundamental escolher um plano de saúde que priorize o atendimento ao consumidor. Afinal, mais do que apenas um serviço, aqui você tem sua saúde devidamente cuidada.
Conclusão
Em suma, a NIP (Notificação de Intermediação Preliminar) é um instrumento essencial da ANS para promover a resolução de conflitos entre beneficiários e operadoras de saúde. Ao permitir que as partes busquem um acordo de forma consensual antes da formalização de um processo administrativo, a NIP não apenas facilita a comunicação, mas também contribui para um ambiente mais saudável e transparente no setor de saúde suplementar.
A utilização eficaz desse mecanismo pode resultar em soluções mais rápidas e satisfatórias para ambas as partes, reforçando a importância de um atendimento ao consumidor de qualidade. Portanto, ao escolher um plano de saúde, é fundamental considerar a capacidade da operadora em oferecer suporte e resolver conflitos, garantindo assim que a saúde dos beneficiários seja sempre prioridade.
Do portal VIA, da Universidade Federal de Santa Catarina, 20.03.2019
Joseph Schumpeter é conhecido por suas contribuições teóricas para a ciência econômica contemporânea. Por mencionar em seus trabalhos a inovação como meio para alcançar o desenvolvimento econômico (descrito como alteração do estado de equilíbrio econômico), o autor é também amplamente citado quando o assunto é inovação e empreendedorismo.
Contexto histórico
Joseph Alois Schumpeter foi um dos mais importantes economistas do início do século XX. Nascido em 1883 no Império Austro-Húngaro, ingressou na faculdade de direito na Universidade de Viena em 1901. Após isso, começou a lecionar antropologia na universidade de Czernovitz (onde hoje é a Ucrânia) até 1911, quando se mudou para Graz e permaneceu durante toda a Primeira Guerra Mundial Em 1919 assumiu o cargo de ministro das finanças da República Austríaca, onde permaneceu por pouco tempo. Em seguida, tornou-se presidente de um banco privado, o Bidermann Bank, que veio a falir em 1924. Assim, essa desastrosa passagem pelo setor privado custou a Schumpeter toda sua fortuna. Posteriormente, voltou a lecionar em Bonn, na Alemanha, entre 1925 e 1932.
Com o fortalecimento do nazismo, Joseph Schumpeter decide deixar a Europa, transferindo-se em 1932 para os Estados Unidos. Assim, naquele mesmo ano, assumiu a docência na universidade de Harvard, em Cambridge, estado de Massachusetts. Em 1933 ele fundou a Sociedade Econométrica, encorajando uma série de economistas matemáticos – apesar de Schumpeter não ser matemático, ele defendia a existência da integração entre a matemática e a sociologia para melhor entendimento das teorias econômicas. Joseph permaneceu como cidadão de Cambridge até o dia de sua morte em janeiro de 1950.
Contribuições teóricas para inovação
Schumpeter em suas obras descreve que as inovações são fatores preponderantes para a alteração no estado de equilíbrio de uma economia. Assim, é descrito que uma inovação não necessariamente deve ser radical, podendo ser apenas alteração nos arranjos comerciais. Toda introdução de inovação no sistema econômico é chamado por Schumpeter de “ato empreendedor”: uma nova matéria-prima, uma introdução de um novo produto no mercado, um novo modo de produção, um novo modo de comercialização de bens e serviços ou até uma quebra de monopólio. Assim, essas são ações realizadas pelo “empresário empreendedor”, visando a obtenção de “lucros extraordinários”. O chamado lucro extraordinário é o que o autor descreve não como a simples remuneração sobre o capital investido, mas o rendimento acima da média do mercado.
Condições para inovação
O autor descreve três condições a serem cumpridas para a inovação:
Em determinado período temporal, deverão existir possibilidades mais distintas ou vantajosas do ponto de vista econômico do privado. Seja na indústria como um todo ou em algum de seus segmentos.
Que exista acesso limitado a essas possibilidades. Essas limitações podem estar associadas a qualificações pessoais necessárias ou fatores externos.
A situação econômica deve permitir cálculo de custos e planejamento confiável. Assim, a situação apresentada deverá demonstrar uma situação de equilíbrio econômico.
Além disso, Schumpeter enaltecia reiteradamente os empreendedores como os pivôs do sistema econômico. Pois são eles os agentes da inovação e da “destruição criativa”. A destruição criativa é um conceito no qual o autor descrevia uma mudança no perfil econômico, onde os empreendimentos inovadores destruíam empresas e modelos de negócios antigos e ultrapassados.
Em 1992, os economistas Phillipe Aghion e Peter Howitt publicaram um artigo chamado A Model of Growth Through Creative Destruction (Um modelo de crescimento através da destruição criativa, em tradução livre). Assim, partindo das ideias de Joseph Schumpeter, formularam uma versão formal da teoria da destruição criativa. Descrevendo uma forma de competição por meio de inovações que permitiriam ao empreendedor o estabelecimento de monopólio em detrimento do monopólio anterior estabelecido no setor específico.
Obras selecionadas
Entre as obras mais famosas do autor, estão:
A natureza e a essência da economia política (1908)
Teoria do desenvolvimento econômico (1911)
Ciclos econômicos (1939)
História da análise econômica (1954, publicação póstuma)
O estudo parte do reconhecimento do crescente impacto das mídias sociais na sociedade contemporânea e, especificamente, na forma como a religião é vivenciada e comunicada. O principal objetivo do trabalho é investigar de que forma as plataformas digitais transformam a prática dos evangélicos, contribuindo para a construção ou fragmentação da identidade religiosa e alterando as dinâmicas de comunicação entre líderes e fiéis. Ao abordar estes temas, o artigo se mostra atual e relevante, considerando os desafios da era digital, como a disseminação de fake news e a superficialização dos discursos religiosos.
Metodologia e Abordagem
A metodologia adotada consiste em uma revisão bibliográfica sistemática, na qual os autores selecionaram fontes recentes e relevantes para compor um panorama crítico sobre as transformações na prática religiosa mediada pelas mídias sociais. Essa abordagem qualitativa permite identificar padrões, tendências e lacunas na literatura, ressaltando, por exemplo, tanto os benefícios proporcionados pelo acesso facilitado à informação quanto os riscos associados à desinformação e à fragmentação comunitária.
1. Relevância do Tema:
O documento aborda um assunto de extrema importância no contexto atual, pois as mídias sociais modificam a forma como a fé é praticada, ampliando o acesso à mensagem religiosa, mas também introduzindo desafios relacionados à autenticidade e à coesão comunitária. A discussão acerca da disseminação de fake news, em particular, é um alerta imprescindível para que líderes e teólogos repensem as estratégias de comunicação digital.
2. Análise Crítica e Reflexiva:
A revisão bibliográfica apresenta uma análise reflexiva sobre a dualidade das mídias sociais – por um lado, possibilitam a democratização do acesso à informação e a formação de comunidades virtuais; por outro, podem gerar uma “religiosidade performática” e facilitar a propagação de conteúdos imprecisos que atentam contra os valores bíblicos e a tradicional autoridade religiosa.
3. Contribuição para o Debate Interno:
O trabalho funciona como uma ferramenta que pode estimular uma reavaliação entre líderes evangélicos e teólogos, incentivando-os a adotar práticas digitais mais críticas e a implementar mecanismos de verificação de informações. Esse debate é fundamental para resguardar os valores religiosos e garantir uma prática de fé mais autêntica e conectada com os princípios éticos e doutrinários do evangelho.
A resenha evidencia que o documento “O PAPEL DAS MÍDIAS SOCIAIS NO COMPORTAMENTO DOS EVANGÉLICOS BRASILEIROS” é uma contribuição valiosa para o debate sobre a relação entre tecnologia e religiosidade no Brasil. Ao identificar tanto os benefícios quanto os desafios inerentes ao uso das mídias sociais – com ênfase especial na problemática das fake news e na redefinição da autoridade religiosa – o estudo serve como um chamado à conscientização e à reflexão crítica entre os líderes evangélicos. Assim, ele pode funcionar como um ponto de partida para a reformulação de estratégias de comunicação e o fortalecimento dos valores bíblicos em um ambiente cada vez mais digitalizado.
Um termo que ganhou popularidade no mercado de trabalho nos últimos anos é “soft skills”. Nos últimos cinco anos, as pesquisas pelo termo duplicaram, de acordo com o Google Trends. Em tradução literal, seria algo como “habilidades suaves”. “Soft skills” são habilidades comportamentais de um funcionário em relação ao trabalho e os seus colegas.
Ou seja: não são habilidades que você (necessariamente) aprende com um curso ou uma faculdade. Elas estão relacionadas à forma como você se comporta perante o seu trabalho e perante à sua equipe.
“Contudo, apesar da importância das soft skills, elas são difíceis de serem mensuradas e desenvolvidas, pois são competências subjetivas, portanto, estão intimamente relacionadas à personalidade e outros fatores emocionais construídos ao longo da vida do indivíduo”, explica o Gupy.
Exemplos de soft skills
Segundo um estudo do site de recrutamento CareerBuilde, essas são as dez soft skills mais procuradas pelo mercado de trabalho:
Princípios éticos;
Confiança;
Atitude positiva;
Motivação;
Trabalho em equipe;
Organização e gestão do tempo;
Capacidade de trabalhar sob pressão;
Comunicação;
Flexibilidade;
Segurança.
Por que elas são tão procuradas?
Segundo o estudo de recrutamento da CareerBuilder, 77% das empresas acreditam que habilidades sociais são tão importantes quanto as técnicas no dia a dia de trabalho. “As soft skills básicas tornaram-se ainda mais importantes devido ao aumento do trabalho remoto e autônomo e estão crescendo em importância em todos os setores, níveis e ambientes de trabalho”, explicou Rohan Rajiv, diretor de gerenciamento de produtos do Linkedin à Forbes.
Quanto melhores as soft skills de um profissional, melhor ele consegue lidar com as dificuldades psicológicas e ambientais do trabalho, ajudando a criar um ambiente mais positivo e produtivo para todos. Além disso, elas não são específicas de nenhuma área ou profissão. Profissionais de qualquer área ou campo de atuação pode desenvolvê-las, ajudando a melhorar o ambiente de trabalho.
A Análise PEST, também chamada de Análise PESTAL ou Análise PESTEL, é mais uma metodologia utilizada para a realização do diagnóstico estratégico nas organizações. Seu foco é nas oportunidades e ameaças externas do negócio, ajudando, portanto, a identificar as tendências que influenciam de alguma forma a rotina organizacional.
Quer entender melhor como funciona e como aplicar a metodologia em sua empresa? Continue a leitura e confira:
O que é Análise PEST?
Diferenças entre Análise PEST e Matriz SWOT
Como fazer a Análise PESTEL?
Conte com o Scopi para a análise PEST da sua empresa
O que é Análise PEST?
Essa metodologia analisa quatro diferentes áreas com o intuito de identificar as oportunidades e ameaças da empresa.
As áreas analisadas formam o acrônimo que dá nome ao conceito, sendo eles: Política (P), Economia (E), Social (S) e Tecnologia (T). Portanto, a metodologia vai estudar como esses pontos podem afetar o ambiente empresarial de forma negativa ou positiva, auxiliando na definição dos melhores caminhos a serem seguidos pelas organizações.
Você também já pode ter ouvido falar em denominações como PESTAL ou PESTEL, elas são utilizadas quando é interessante para a empresa analisar outros fatores para o negócio. Entenda as nomenclaturas utilizadas e as áreas relacionadas:
Análise PEST: Política, Economia, Social e Tecnologia;
Análise PESTAL: Política, Economia, Social, Tecnologia, Ambiental e Legal; ou
Análise PESTEL: Political, Economic, Socio-Cultural, Technological, Environmental and Legal.
A ideia, então, é separar esses fatores em tópicos e, em um exercício de pesquisa e raciocínio, listar as tendências relacionadas a eles que podem ter algum reflexo no negócio. Para isso, é preciso entender quais são os elementos externos considerados relevantes para essa análise.
Diferenças entre Análise PEST e Análise SWOT
É muito comum confundirem a Análise PEST/PESTEL/PESTAL com a Análise SWOT, uma vez que ambas são utilizadas no diagnóstico estratégico das empresas. Mas, apesar das similaridades em alguns pontos, as metodologias possuem características distintas.
A Matriz SWOT vai avaliar a empresa olhando para as suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, além de levar em consideração os fatores internos e externos do negócio.
Já a Análise PEST direciona a análise para os fatores macros do ambiente externo, isto é, fatores que podem afetar de alguma forma o negócio, impedindo seu crescimento. Além disso, essa análise serve também para identificar possíveis novos rumos para a empresa.
Portanto, a grande diferença entre ambas metodologias é o fato da Análise PEST realizar um estudo mais aprofundado dos fatores externos. E a SWOT traz também a visão dos aspectos internos do negócio, o que não acontece com a PEST.
Como adiantamos acima, a Análise PESTEL consiste no estudo de fatores externos que podem afetar os resultados da empresa. Abaixo listamos e descrevemos quais são essas áreas. Veja:
1. Fatores políticos
Aqui são analisados todos os pontos relacionados ao grau de intervenção das situações políticas na empresa e no cenário econômico como um todo. São alguns dos aspectos a serem considerados nesse sentido:
Política de impostos;
Leis trabalhistas;
Órgãos fiscalizadores;
Legislações relacionados à empresa;
Código de Defesa do Consumidor;
Regulamentações de segurança.
2. Fatores econômicos
Deve-se analisar questões econômicas que trazem impacto para o negócio em suas operações. Por exemplo, a oscilação na taxa de juros pode impactar nos resultados de vendas, representando uma ameaça ou oportunidade em determinado período.
Portanto, nesse momento a empresa deve avaliar pontos como:
Inflação do país;
Taxa de câmbio;
Nível de renda dos clientes;
Crescimento econômico;
Taxa de desemprego.
3. Fatores sociais
Os fatores sociais consideram aspectos culturais, demográficos e outras variáveis da sociedade que influenciam o ambiente organizacional.
Por exemplo, questões como distribuição etária, segurança e distribuição populacional podem influenciar na dinâmica de distribuição de produtos, estratégia de marketing, entre outras decisões estratégicas da empresa.
São alguns fatores sociais importantes a serem considerados:
Taxa de crescimento da população;
Aspectos demográficos;
Grau de instrução dos clientes;
Distribuição de renda;
Questões relacionadas ao estilo de vida do seu público-alvo.
4. Fatores tecnológicos
A tecnologia está presente em nosso cotidiano a todo momento e para as empresas ela representa otimização de tempo, organização e simplificação da rotina. Por isso, é fundamental estar atento às mudanças e novidades tecnológicas presentes no mercado.
Nesse sentido, a empresa deve ficar de olho em questões como:
Mudanças na internet;
Lançamento de novos produtos e serviços tecnológicos;
Ciclo de vida da tecnologia;
Questões relacionadas à energia.
5. Fatores ambientes
Presente nos estudos da Análise PESTAL, os fatores ambientais dizem respeito à influência de questões relacionadas ao meio ambiente na empresa.
Por exemplo, aqui deve-se considerar itens como procedimentos de reciclagem, eliminação de resíduos, entre outros. São outros pontos a serem analisados:
Aqui devem ser analisados todos os pontos relacionados à legislação que impactam a organização. É importante entender o que é e o que não é permitido, como é o procedimento adequado para operações comerciais e financeiras no setor, entre outros pontos.
São exemplos de análises a serem realizadas nesse sentido:
Conte com o Scopi para a Analise PEST da sua empresa
Você sabia que existem plataformas que podem ajudar seu negócio na elaboração de um diagnóstico estratégico? O Scopi é uma delas.
O software de planejamento estratégico Scopi traz um passo a passo que facilita a montagem do seu plano e ajuda no monitoramento da execução, com seus avisos e painéis de controle.
Além disso, ele integra em um só lugar outras ferramentas importantes como a própria Matriz SWOT, a Análise Pestal, Curva de Valor, além do mapa estratégico, gestão de indicadores, metas, projetos e processos. Com o Scopi, fazer uma gestão estratégica é mais fácil e eficaz!
A gestão da inovação é um processo estruturado que permite que as ideias e projetos de inovação sejam desenvolvidos de maneira contínua, transformando estas ideias em soluções que geram valor para o negócio.
A inovação é um processo e precisa ser gerenciado. Sendo assim, para que as empresas sejam sustentáveis e se mantenham competitivas em seus mercados é, mais do que nunca, necessário dar atenção à gestão da inovação.
Gestão da inovação é a estruturação de um conjunto de processos e atividades que permitem que a inovação possa ser contínua em organizações.
Neste guia, você entenderá o conceito, importância e exemplos de gestão da inovação. Continue a leitura.
O que é gestão da inovação?
A gestão da inovação é a estruturação sistêmica de um processo de inovação sólido e contínuo, onde as ideias e projetos geram valor ao negócio. Este processo segue um fluxo com etapas bem definidas.
A primeira fase passa pela geração de ideias; seguida por uma validação e desenvolvimento da inovação; por fim, é feita a geração de valor e a implementação com mensuração de resultados.
Sabemos que inovar por inovar não basta. É fundamental que a inovação seja parte da estratégia organizacional e que busque atingir um objetivo claro.
Ou seja, para que ideias se tornem resultados concretos é preciso que haja um modelo de gestão que suporte o processo inovativo, e é nesse aspecto que a importância da gestão da inovação fica evidente.
Quando colocada em prática de maneira eficiente, a empresa garante um diferencial e sobrevive em um mercado competitivo, entregando mais valor aos seus clientes, colaboradores e parceiros.
Além disso, com o processo de inovação bem estruturado, é mais fácil identificar os pontos fortes e fracos da companhia, bem como as melhorias que devem ser feitas.
Para construir um processo de inovação, é preciso definir os gestores responsáveis na empresa – são eles que irão zelar pela permanência contínua de uma cultura de inovação.
Os gestores são referências para os outros colaboradores, são eles que irão estender a iniciativa por toda a empresa, envolvendo-os em todo o processo.
As fases de um processo de inovação dependem de como a organização foi construída, quais são os indivíduos envolvidos e o momento da empresa.
1 – Pesquisas e ideias
Nessa primeira etapa temos a necessidade de desenvolver uma pesquisa para obter conhecimento do que está sendo procurado pelo mercado, ou quais problemas internos estão afetando a organização.
Portanto, é preciso buscar informações com os colaboradores, clientes e especialistas, ganhando uma visão ampla da situação interna e externa.
A partir dos dados, serão levantadas as propostas de solução – o que deve ser feito para obter um resultado melhor.
A gestão da empresa tem um papel decisivo nessa etapa, e precisa garantir um clima de incentivo para que os colaboradores apresentem suas melhores ideias.
Ou seja, é importante zelar pelo engajamento para que a inovação seja contínua, princípio base da gestão da inovação.
A empresa também pode investir em treinamentos para desenvolver as habilidades analíticas, criativas e comunicativas dos profissionais, fazendo com que as suas propostas ganhem mais densidade e sejam compartilhadas de modo compreensível pelos colegas.
Contar com ferramentas tecnológicas acessíveis para a coleta de ideias será um diferencial, otimizando tempo e esforço de gestores em um programa de inovação.
Como podemos ver na ilustração abaixo, a primeira etapa contempla a identificação dos desafios e oportunidades, partindo para a geração de ideias.
Fonte: AEVO
2 – Análise e priorização de ideias
O processo deve conter alguns requisitos para a escolha das melhores ideias.
É importante que esses critérios sejam definidos a princípio, evitando que opiniões e afinidades tenham influência na seleção das propostas.
A triagem ou análise deve considerar todos os aspectos da ideia para identificar claramente os seus benefícios e riscos de sua implementação.
Dessa forma, é possível desenvolver as melhores ideias, e descartar as que não passam pela avaliação.
Não esqueça de trabalhar com feedbacks no processo.
As pessoas/equipes responsáveis pelas propostas escolhidas devem saber o que fazer em seguida.
Quem sugeriu as ideias descartadas no processo precisam entender como contribuir nas próximas oportunidades, assim, o engajamento se manterá e os gestores atuaram de forma humanizada.
3 – Implementação
Nessa etapa, a empresa deve implementar de fato a inovação, seja em um modelo de sustentação (inovação incremental) ou de transformação (inovação radical ou disruptiva).
Após a organização implementar, é preciso apresentar a ideia ou projeto, mostrando o porquê ela é importante e quais são os benefícios.
Tanto no caso de um novo produto quanto em uma melhoria incremental.
Se na fase de pesquisa nós identificamos um problema, necessidade ou dor do cliente, agora é fundamental implementar a inovação e demonstrar o valor gerado por ela.
Importante destacar que a inovação também tem um impacto interno.
Por exemplo, com o desenvolvimento de uma melhoria em processo que gera eficácia operacional, o ganho será na produtividade dos colaboradores e na entrega de um processo com mais rapidez – o que, no fim das contas, também gera valor para o consumidor e o mercado ao qual a empresa se insere.
4 – Geração de valor
Todo esse caminho traçado de forma contínua é a própria gestão da inovação.
Após seguir esses três passos, a geração de valor ocorrerá, de modo que será possível identificar os ganhos que a inovação trouxe à empresa e aos envolvidos, além dos pontos focais.
Sobre os ganhos da inovação, podemos citar um exemplo. É importante que a organização se pergunte: esse processo tinha como ganho a redução de custos a princípio? Esse objetivo foi atingido?
Assim, se torna mais evidente o valor gerado pela inovação – que vai além do retorno financeiro. Ou seja, é nesta etapa que podemos mensurar resultados e impactos da ideia implementada pela empresa.
Depois, será possível verificar os pontos fortes e fracos envolvidos no processo, também olhar para os erros e propor melhorias no próximo ciclo.
A gestão de inovação tem como propósito garantir que a organização realmente alcance os objetivos traçados, combinando as melhores práticas administrativas e o desejo por tornar os processos ainda mais eficientes.
E, claro, garantir que esse seja um ciclo contínuo. Não apenas uma iniciativa pontual.
Como desenvolver a gestão da inovação?
Para que a inovação tenha alto impacto para os resultados de uma empresa, é preciso desenvolver fundamentos que assegurem a sua gestão.
Esses fundamentos são esforços que a própria organização deve viabilizar.
Sendo assim, é importante entender quais são os principais pontos de desenvolvimento da empresa para ter um ambiente mais propício para executar a inovação.
Nesse vídeo resumo, reunimos quatro pilares para implementar a gestão da inovação nas empresas, partindo do zero, confira:
Primeiro, faça um diagnóstico de inovação
Realizar um diagnóstico de inovação é essencial para entender o estado atual da organização nessa área.
O diagnóstico fornece uma visão clara e abrangente dos pontos fortes e das áreas que precisam de melhorias, permitindo a elaboração de estratégias bem informadas para avançar no caminho da maturidade em inovação.
Sem um diagnóstico preciso, é difícil identificar onde a empresa está e quais são os passos necessários para alcançar um nível mais avançado de inovação.
Existem várias ferramentas e frameworks disponíveis para avaliar a maturidade em inovação, como o Radar da Inovação e o Innovation Maturity Model.
Escolha a que melhor se adapta à sua organização, reunindo dados de todas as áreas da empresa através de questionários, entrevistas e análises de desempenho:
Examine a cultura da empresa para identificar se ela incentiva a criatividade e a colaboração;
Avalie os processos atuais de geração e implementação de ideias, a estrutura organizacional e a alocação de recursos para a inovação;
Compare os resultados com benchmarks do setor para entender onde a sua empresa se posiciona em relação aos competidores e identificar melhores práticas.
Conheça o Diagnóstico de Inovação da AEVO
Desenvolvido pelos especialistas da AEVO, com amplo conhecimento e experiência em inovação, e a partir do entendimento das melhores práticas em torno do tema e por meio do estudo da ISO 56.002, o diagnóstico é um relatório que avalia e instrui as empresas acerca da sua maturidade em inovação.
Atráves de um documento personalizado que analisa quatro pilares principais (resultados e realização de valor; direcionamento estratégico e gerenciamento de incertezas; processos e recursos; e pessoas e cultura), os profissionais podem verificar o grau de inovação da organização ao qual fazem parte e desenvolver estratégias para estruturar e potencializar os resultados de inovação.
O questionário do diagnóstico de inovação é composto por 16 perguntas ao total, que perpassam os direcionadores de construção de um sistema de gestão da inovação pleno, eficiente e que gere mais valor para o negócio.
A partir das suas respostas, é gerado um relatório completo, enviado em até cinco minutos para o e-mail indicado.
Além disso, o documento também entrega um benchmarketing completo para entender como sua organização está frente ao mercado e os diversos setores.
Aprendizagem organizacional é a capacidade da companhia em não cometer os mesmos erros do passado, entender o perfil dos próprios trabalhadores, perfil dos clientes e as peculiaridades do mercado.
Esse fundamento resume a base de conhecimento que a empresa possui para sempre estar em evolução.
Saber os erros passados pode livrar a sua empresa cometa os mesmos erros no futuro.
A aprendizagem organizacional se relaciona muito com a gestão da inovação, uma vez que no passado algo já não deu certo, e vale a pena saber a razão pela qual o erro aconteceu. Isso dá abertura para tentar aplicar ideias de forma diferente.
A aprendizagem organizacional também está interligada ao conceito de ROL (Return on Learning) ou Retorno sobre Aprendizado, que é uma maneira de mensurar o conhecimento adquirido em algo – seja com os clientes, colaboradores, com o mercado e até mesmo com a inovação.
Cultura de inovação
Cultura de inovação é uma cultura que promove a criatividade e apoia a geração de ideias vinda de todos os setores da empresa.
Ou seja, a cultura de inovação está diretamente ligada à liberdade individual que os colaboradores têm para tomar iniciativas que podem gerar valor para a empresa – uma forma de empreendedorismo interno na organização.
E essa cultura certamente não surge do nada, é preciso construir e mantê-la a longo prazo. Para isso, são necessárias ações concretas.
Incentivar e reconhecer as pessoas com iniciativa e que geram resultados além do esperado é uma das principais formas de disseminar e desenvolver uma cultura mais inovadora nas empresas.
Então, é preciso criar um “espaço” de desenvolvimento da criatividade e inovação para que as iniciativas intraempreendedoras aconteçam.
Nesse caso, é recomendado que os líderes empresariais incentivem e usem o empowerment para promover um melhor clima organizacional e estimular os colaboradores a falarem e apresentarem suas ideias sempre.
Algumas ferramentas podem ajudar toda a empresa a engajar os colaboradores em uma cultura inovadora.
Pode-se usar os one-on-ones, reuniões de colaboradores com o seus gestores responsáveis, onde a liderança pode ajudar dando abertura para surgirem novas ideias para o setor e para empresa.
Outra forma de estimular a cultura de inovação é o uso de plataformas específicas para a geração e gestão de ideias, como o AEVO.
Estratégia orientada à inovação
A estratégia de uma empresa aponta para um objetivo futuro, ou seja, é onde a organização quer chegar, sendo preciso ter objetivos e ações definidas que contribuíram para isso.
Nesse ponto, uma estratégia orientada à inovação fará com que a companhia esteja em constante geração de valor, visto que o conceito de inovação é justamente esse – uma ideia implementada que gera valor ao negócio.
Ao estimular de maneira contínua o seu processo de inovação, a organização avança para o seus objetivos estratégicos, envolvendo seus colaboradores, propondo melhorias constantes em processos, produtos e serviços, ou até mesmo disruptando o mercado com uma nova solução.
Portanto, alinhar a sua estratégia à inovação é uma atitude que pode levar a resultados extraordinários.
Liderança comprometida com a inovação
A liderança é importante em vários aspectos que talvez não caiba em palavras.
Liderar é mostrar o caminho e fazer junto, tomar a responsabilidade, ter iniciativa e assumir riscos.
Mas, existe um ponto mais importante que, muitas vezes, pode ser negligenciado: liderar é também desenvolver pessoas.
E se você desenvolve pessoas, logo elas estarão mais aptas a exercerem todo o seu potencial profissional, inclusive sugerir melhorias para sua empresa e gerar valor para o negócio.
Liderar, portanto, é alavancar pessoas. E a inovação só é possível a partir do desenvolvimento do potencial criativo das pessoas, uma responsabilidade direta de quem as lidera.
Por isso que para uma empresa se tornar inovadora, ela precisa de ter líderes que incentivem os colaboradores a terem ideias e a fazerem diferente.
Esse compromisso da liderança e dos gestores com a inovação é um passo estratégico para o crescimento e renovação de qualquer empresa que deseja ser sustentável em um mercado competitivo.
Marketing para a inovação
Em um programa de ideias com gestão da inovação avançada, com certeza existe um marketing bem usado.
Um dos fatores que faz a gestão de inovação ser facilitada é o marketing, pois sem a comunicação para o engajamento, você não terá novas ideias. E a inovação fica sem a sua matéria-prima.
Ou seja, o engajamento é um ponto vital para o sucesso de um Programa de Ideias.
O endomarketing (marketing interno) é essencial para habilitar as engrenagens da criatividade e ser o gatilho para a geração de ideias dos colaboradores.
Processos habilitadores da inovação
A inovação pode ser observada como um processo, onde existe um input e um output, como uma fábrica.
No início, a matéria-prima são as ideias, que podem vir dos próprios colaboradores da empresa. Mas, sem dúvidas, sem um processo bem definido, elas acabarão se perdendo.
Sendo assim, para que as ideias sejam implementadas é preciso que hajam processos habitadores para a inovação.
E com uma ferramenta de gestão da inovação, a companhia assegura o controle das variáveis em todo o seu processo.
Pessoas orientadas à inovação
Já vimos que as pessoas que estão no centro da inovação. Por esse motivo, esforços por parte da empresa e gestores devem ser dirigidos para as pessoas.
Esses esforços devem ser direcionados para a criação de um ambiente que propicie a inovação e valorize as suas iniciativas.
Através da educação corporativa, seja no formato de eventos e palestras ou treinamentos internos, é possível estimular um pensamento diferente nas pessoas que compõem uma empresa.
Além disso, com a inovação como valor, o setor de pessoas buscará por candidatos com o perfil inovativo, mantendo um alinhamento com a cultura organizacional.
Relacionamento com o ambiente externo
É extremamente importante se relacionar com diferentes realidades, perspectivas e pessoas para que se pense fora da caixa.
Um bom gestor da inovação certamente deve ser uma pessoa aberta a novos pensamentos e deve saber que a geração de melhores ideias pode vir não só dele, mas de colaboradores, clientes, fornecedores.
O debate também deve ser promovido junto a agentes externos a empresa, seja em eventos, com troca de experiências com outros players de mercado, a partir de networking ou benchmarketing.
Outra forma de interagir e executar projetos de inovação com parceiros externos é a inovação aberta.
Esse tipo de inovação permite que empresas colaborem entre si e é uma ótima maneira de manter a gestão da inovação em fluxo constante, tanto a partir de iniciativas internas quanto fortalecendo laços com um ecossistema de inovação vasto.
Recursos financeiros disponíveis para a inovação
Um dos pontos mais importantes da gestão da inovação é a correta alocação de recursos financeiros e o controle do ROI da inovação, advindo das iniciativas da empresa.
A inovação deve ser vista como um investimento, a partir do momento que existe a possibilidade de se obter um retorno.
Somente através dessa mudança de mentalidade que é possível ter o suporte necessário que os projetos de inovação precisam.
Outro fator importante é o conhecimento sobre captação de recursos para inovação. E nada melhor que procurar entidades especialistas nesse assunto.
Para uma gestão da inovação eficaz, é preciso subdividir a inovação e saber com qual trabalhar e quais ações promovem cada tipo de inovação.
Essa é uma ação que serve até para desmistificar a inovação nas empresas, confira os tipos:
Inovação disruptiva: é aquela que produz uma nova solução, capaz de substituir produtos e serviços anteriores dentro de um certo mercado, rompendo paradigmas e criando novos hábitos de consumo;
Inovação incremental: é a inovação que causa pequenas melhorias a algo já estabelecido. É uma forma de otimização para se obter mais valor de um produto, serviço e processos;
Inovação radical: é a transformação completa de um produto ou serviço, realizado a partir de um conjunto de iniciativas que direciona a organização a novos rumos na busca por crescimento, adaptação ou conquista completa de um mercado.
Mas, sabia que as inovações radicais e disruptivas só surgem em um ambiente propício e aberto, com cultura de inovações incrementais? É isso que um famoso pesquisador de inovação diz.
Joe Tidd acredita na seguinte premissa:
“[…] conclui-se que a inovação incremental, ainda que arriscada, é uma estratégia gerencial de grande potencial, porque inicia a partir de algo conhecido, que é aprimorado. Entretanto, à medida que avançamos para opções mais radicais, a incerteza tende a aumentar, até o ponto em que não temos a menor ideia sobre o que estamos desenvolvendo ou em vias de desenvolver! Isso mostra por que a inovação descontínua é tão difícil de ser controlada”
Joe Tidd
Logo, a inovação contínua, através da gestão da inovação, é uma maneira de controlar as variáveis da inovação.
Segundo o pensamento de Tidd, as inovações incrementais podem gerar mais retorno financeiro para as empresas do que mudanças radicais em produtos.
Por isso, é extremamente importante para um gestor da inovação, saber que ele deve estimular as inovações incrementais para que as maiores cheguem e também para que seu ciclo de inovação se justifique e seja sustentável, pois a área e o cargo de gestão da inovação só fazem sentido se houver ROI da inovação para a empresa.
Todos esses dados e conhecimentos mais aprofundados estão disponíveis no livro de Joe Tidd e John Bessant, nomeado “Gestão da Inovação”.
Capacidade de inovação: em qual nível inovar na sua empresa?
Para nos aprofundarmos mais, depois de compreender as etapas e como desenvolvê-las, é preciso saber quais problemas atacar com ideias inovadoras.
Baseando-se nos horizontes de inovação, existem 3 níveis possíveis para se trabalhar a gestão da inovação.
Você vai precisar de ideias diferentes dependendo do horizonte no qual sua empresa precisa de mais atenção:
Horizonte 1: é o aprimoramento do que já está funcionando na sua empresa, esse nível está muito interligado com o conceito de inovação incremental. Será que o que sua empresa faz já está 100% otimizado? Nesse caso, você pode propor uma melhoria em uma etapa de processo ou uma melhoria em produto, por exemplo.
Horizonte 2: atacar novos negócios com base em mercados que a empresa já domina. Neste nível você precisa entender quais são os mercados que são semelhantes aos que você já atua e pensar em maneiras de explorar essas novas possibilidades, por isso é importante o domínio do mercado principal para poder entrar nessa fase.
Um bom exemplo para esse nível é a Uber Eats. O mercado inicial da Uber é de transporte por aplicativo, mas um adjacente é a entrega de comida por aplicativo, daí surge a Uber Eats como expansão da atuação da marca – que é uma forma de inovação.
Horizonte 3: essa é a fase das hipóteses a serem testadas, onde ideias mais arriscadas que precisam ser validadas.
O investimento feito para ideias desse nível é mais voltado para a experimentação; e após a validação, podem se tornar os novos produtos que vão ser decisivos para o futuro da sua empresa.
O gráfico abaixo explica essa divisão baseada nos três horizontes de inovação, relacionando os eixos de crescimento, a partir da geração de valor e o tempo gasto em cada um deles.
Definindo seu foco de inovação
Na fase de foco, é preciso entender a realidade atual da sua empresa e saber em quais horizontes atuar:
Foco único – após refletir sobre os horizontes de inovação e sobre seu negócio, é possível que você chega à conclusão de que é melhor focar em novos processos e/ou em novos produtos.
No entanto, se você não estiver seguro de que sua empresa faz muito bem o que se propõe a fazer, provavelmente no início da sua gestão de inovação seja mais interessante você pensar em inovações incrementais de processo e/ou produtos já existentes.
Multi foco – também é possível trabalhar de formas diferentes em simultâneo. Sua empresa pode estar em um momento de transição entre os horizontes de inovação.
Nesse momento, você pode começar a pensar em novos projetos relacionados ao seu negócio, em simultâneo, se preocupar com a inovação incremental de maneira contínua, melhorando o que já existe.
Com certeza chegará o dia no qual sua empresa estará sempre caminhando entre os três horizontes, que é um cenário muito saudável de inovação.
Para ter a possibilidade de trabalhar ao mesmo tempo com os três horizontes, é recomendável a implantação de um Programa de Ideias de Inovação na sua empresa.
Dessa forma, aumenta-se a capacidade de ter novas ideias para geração de valor para o negócio.
Cases de sucesso em gestão da inovação
Caso da 3M
Um dos casos mais claros de sucesso é a 3M. Anualmente, ela registra cerca de 3000 novas patentes.
Em 2014, a empresa comemorou o registro de 100.000 patentes.
Essa grande quantidade de criações não acontece por acaso; só é possível graças a excelentes práticas de gestão da inovação, que facilitam o trabalho da equipe de P&D e que reforçam a cultura de inovação por toda a empresa.
Caso da Amazon
Outro caso emblemático é o da Amazon.
Em vez de se limitar a inovações em produtos, a empresa renovou todo o seu modelo de negócios: criada como um e-commerce de livros, hoje ela é um dos maiores marketplaces da internet, oferece serviços de TI, formou uma estrutura própria de logística que é das mais eficientes do mundo.
A gestão da inovação, é claro, teve um papel central nesse processo, já que permitiu que a Amazon identificasse as melhores oportunidades ao longo do caminho.
Ou seja, apesar de toda a mudança e diversificação que a empresa atravessou nas duas décadas desde sua fundação, nada foi feito apenas à base de intuição.
Caso das PMEs
Nem todos os casos de sucesso em gestão da inovação são de gigantes corporativas.
As PMEs também já despertaram, há muito tempo, para a importância de inovar de maneira consistente.
Segundo o estudo Inovação e Competitividade nas PMEs Paulistas, conduzido pelo Sebrae em 2008, em uma autoavaliação, 53% dos empresários afirmaram realizar inovações com alguma frequência.
Ainda que o dado possa não representar a realidade da execução da inovação, ele certamente reflete o fato de que a inovação é percebida como um fator para o sucesso do negócio.
Vários pesquisadores das áreas de economia e administração têm se dedicado a estudar como é feita a gestão da inovação em pequenas e médias empresas, e como a inovação ajuda tais empresas a conquistar uma vantagem competitiva.
O que esses estudos parecem descobrir é que, embora os negócios de pequeno e médio porte enfrentem alguns obstáculos para a inovação, como a restrição em recursos e mão de obra com menos qualificação, eles podem realizar esforços organizados voltados à inovação e obter bons resultados.
Nesse artigo, os pesquisadores analisaram a gestão de inovação em três PMEs e apresentaram uma análise sobre as dificuldades e os resultados apresentados por essas empresas.
Para fixar o conhecimento deste conteúdo, separamos as duas principais questões sobre gestão da inovação:
Qual a importância da gestão da inovação?
A gestão da inovação é importante para as empresas porque assegura que ideias se tornem resultados concretos, mantendo seu valor no presente e construindo valor para o futuro da organização, a partir de um modelo de gestão que suporta o processo inovativo de maneira contínua.
Quais são os quatro pilares para a gestão da inovação nas empresas?
Os quatro pilares da gestão da inovação são: visão e direcionamento (alinhamento de objetivos e estratégia de inovação do negócio); cultura e engajamento (criação de mecanismos que elevem a cultura de inovação); estrutura e processos (dispor de ferramentas para que o processo de inovação possa acontecer); recursos e infraestrutura (capacidade para suportar o processo de inovação).
Conclusão
Definitivamente a gestão da inovação é algo muito valioso: faz você ter uma compreensão maior da inovação e ainda é uma maneira de controlar as variáveis da inovação, que para muitas pessoas pode ser algo inimaginável e até mítico.
Ser protagonista nesse assunto e aplicar dentro de uma organização, traz resultados muito satisfatórios, além de ter um impacto enorme na empresa e na economia.
Mas como todo processo e produto, tudo pode ser melhorado e a própria gestão da inovação é algo que está sempre evoluindo por meio de pessoas que tem a capacidade de enxergar o mundo através de perspectivas diferentes, usando isso para inovar.
Aprendeu sobre gestão da inovação e quer que esse processo seja mais automatizado e facilitado? Se você precisa de uma plataforma de gestão de inovação para apoiar um Programa de ideias inovadoras da sua empresa, não deixe de conhecer oAEVO.